Resultados de busca
40 resultados encontrados com uma busca vazia
- O silêncio permite escutar outras coisas
Calar para ouvir Se despir da voz Vestir a escuta Rastrear os sons pelas brechas Sem muita procura Mas dar lugar a entrega Permitir que os fluxos mentais levantem a bandeira da paz Pra que tanto barulho? Pra que tanto sussurro? Dar um fim na produção de ideias que tem vindo E dar lugar às ideias que já vieram O que tem feito com o que criou? Estrutura Navegar no permanente, consistente, sólido Sem enrijecer, sem endurecer As vezes é sobre fincar a raiz na terra Guiar o movimento para cima-baixo, como uma árvore E deixar de ser por hoje a folha que voa com qualquer bater de vento Firmar um compromisso consigo: Por agora Calar para ouvir Como encontrar quem escreveu (Instagram): @ancoragens_ de um @corpoterreiro
- 'Onã Cultural' dá dicas sobre gestão para Artistas Independentes
A Baixada Fluminense é um berço artístico rico em diversidade e potência, com artistas de diversos campos culturais procurando produzir suas obras e colocar seus projetos no mundo. Apesar de tantas ideias, os desafios da produção de arte independente são muitos e poucos desses projetos obtém sucesso ao sair do papel. Pensando nessas questões, a Onã Cultural, coletivo de produtores/as culturais baixadenses ministrou, entre os dias 26 de março e 09 de abril deste ano e em cinco encontros online, o II Workshop “Gestão Para Artistas Independentes”, projeto recorrente do coletivo e com foco em compartilhar ferramentas para artistas e produtores da Baixada Fluminense tirarem seus projetos do papel. De acordo com a equipe do coletivo, a iniciativa surge da vontade de unir suas trajetórias acadêmicas e artísticas de moradores da cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, além de democratizar o acesso a ferramentas de gestão e produção para outros artistas através de consultorias, workshops e serviços. O trabalho visa fortalecer a cena cultural independente, focalizando na realização e potencialização da arte de grupos historicamente marginalizados, e assegurando uma remuneração justa. Segundo a equipe, a abordagem envolve questionamentos fundamentais - o quê, como, onde, com quem - seguidos da aplicação de ferramentas de gestão e produção para transformar ideias em projetos culturais estruturados. Formada pelos artistas Aryelle, Capelloni e Paulla Mello, a Onã Cultural é uma produtora com foco em artistas independentes, especialista em gestão de projetos, branding e assessoria. Para mais informações: @ona.cultural *Texto por Fijó*
- Ludmilla, de Caxias para o mundo: A preta venceu.
Em um dia histórico, Ludmilla fez o Coachella se tornar Ludchella. 📸 Instagram: @ludmilla Ludmilla, no inicio de sua carreira optou por se chamar MC Beyoncé e lançou um de seus maiores hits "Fala mal de mim", já se mostrando que seria um grande destaque na musica brasileira, o clipe chegou a bater mais de 15 milhões de views no YouTube em pouco tempo. Mas a vida reservava algo bem maior pra nossa querida da Baixada Fluminense, moradora da Covanca, Parque Lafaiete, Duque de Caxias - RJ. A Rainha da favela mostrou a essência do que é ser gigante desde o inicio. Uma jornada marcada por momentos transformadores, que culminaram em uma carreira repleta de conquistas e reconhecimento. Desde seus primeiros passos como artista até os palcos internacionais, sua determinação e talento a elevaram a um lugar de destaque na música brasileira. Sua ascensão começou com o lançamento do álbum "Hoje", quando Ludmilla deixou para trás seu antigo nome, optando por uma identidade artística que refletia sua autenticidade e singularidade. O sucesso da música principal do disco, que integrou a trilha sonora da novela "Império" da Rede Globo, marcou o início de uma trajetória promissora. O ano de 2016 foi um marco na carreira de Ludmilla, quando teve a honra de se apresentar na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão, sediados no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, lançou seu segundo álbum, "A Danada Sou Eu", que lhe rendeu uma indicação ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa, reconhecimento merecido por sua inovação e talento. Em 2019, Ludmilla deu mais um passo importante ao gravar seu primeiro álbum ao vivo, intitulado "Hello Mundo", registrado na Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. Esse projeto não apenas solidificou sua posição como uma das principais artistas do país, mas também estabeleceu uma conexão mais próxima com seu público, capturando a energia única de seus shows ao vivo. Entretanto, foi em 2020 que Ludmilla alcançou um novo patamar com o lançamento de "Numanice". Este álbum representou uma verdadeira evolução artística, mostrando sua versatilidade ao explorar gêneros como o pagode e o R&B. "Numanice" não apenas demonstrou sua habilidade de se reinventar, mas também sua capacidade de se conectar com um público diversificado, lotando estádios e até mesmo realizando apresentações em um navio, demonstrando que sua música transcende fronteiras físicas e culturais. Agora, em 2024, Ludmilla continua sua ascensão meteórica, anunciando uma turnê que percorrerá arenas e estádios entre maio e agosto. Seu nome ressoa nos corações dos fãs em todo o mundo, e sua música continua a inspirar e empoderar milhões. Ludmilla não é apenas uma cantora; ela é um símbolo de força, determinação e talento, uma verdadeira representante da diversidade e da excelência da música brasileira. E enquanto sua jornada musical continua, seu legado só cresce, deixando uma marca indelével na história da música. Ludmilla in the house! LudChella “Esse show é a expressão máxima do que quero representar como artista neste momento. Investi toda a minha energia, meus recursos e na minha equipe para que ele seja a verdadeira realização de um sonho, daquilo que sei que vocês merecem” Ludmilla, aos 31 anos, escreveu seu nome na história como a primeira afro-latina a iluminar o palco principal do Coachella, nos Estados Unidos, neste domingo memorável (14). Sua presença não apenas ecoou pelos horizontes do festival, mas também reverberou fortemente em Duque de Caxias e em toda a Baixada Fluminense, enchendo de orgulho cada coração baixadense. Com a honra de ser apresentada por ninguém menos que Beyoncé e pela deputada federal Erika Hilton, Ludmilla não apenas conquistou o palco, mas também mostrou ao mundo a imensa força das mulheres negras em sua jornada. Foi mais do que uma performance; foi um manifesto de resiliência, determinação e excelência. Cada batida, cada nota, cada movimento no palco fez com que todos torcessem por ela como se fosse uma final de Copa do Mundo. Ludmilla transcendeu as fronteiras geográficas e representou não apenas a Baixada, mas todo o Brasil, com sua energia contagiante, sua determinação inabalável e seu foco incansável em mostrar que, sim, A PRETA VENCEU.
- A importância de promover memórias - A documentação Fluminense como forma de resistência
Quando éramos crianças as histórias eram a maneira que encontrávamos de nos conectar com o passado. Ouvir as memórias das nossas famílias nos ajudava a construir e conservar nosso pensamento simbólico e nos conectar com nossas raízes - porque quando somos crianças pensamos de maneira muito mais concreta. As histórias, documentadas ou não, fazem o papel de uma fotografia. São uma forma de rever o passado no momento presente. Mas, diferente da fotografia, a memória está mais suscetível a atender nossos desejos. Freud diz que a memória é o desejo olhando para trás. Quando lembramos de algo fazemos uma seleção de dados afim de construir a fala. E aí contamos. A memória é, segundo Chaui (2000 apud DE CARLI, 2013) “inseparável do sentimento de tempo ou da percepção e experiência do tempo, como algo que escoa ou passa”. “É através da memória que se constrói a identidade de um povo, de um país. Para manter vivas a memória e a história de um país, é preciso preservar aquilo que foi registrado em diferentes suportes informacionais, ou seja, preservar o chamado “patrimônio cultural documental” (DE CARLI, 2013). Mas a memória como forma de se construir uma identidade, não está somente atrelada ao passado. A memória, quando revisitada, pode ser modificada, melhorada. A memória quando revisitada, contada e documentada, principalmente para territórios mais periféricos, é uma forma de resistência. A documentação de uma memória é arma mais poderosa de um povo porque assim podemos sobreviver a fragmentações, omissões e violências culturais externas, de agentes que não são constitutivos do meio. Ao documentar nossas memórias podemos também escolher preservar o que é mais especial e significativo, à nossa maneira, pois o contador da história jamais consegue se desvincular do seu contexto (ver texto anterior sobre Construtivismo). Quando trazemos essas ideias para um cenário mais palpável, percebemos que o BXD in Cena nasceu com o objetivo de documentar acontecimentos que permaneciam somente na camada do inconsciente coletivo. Todos nós já fomos em diversos eventos da Baixada Fluminense que, de certa maneira, se perderam. Que um dia deixaram de ser contados. Que nem habitam mais na memória. Quantos Fluminenses sabem que o então Príncipe Charles esteve em São João de Meriti e que a primeira TV comunitária do Brasil surgiu em Duque de Caxias? Quantas pessoas sabem que já existiu um cinema no Gramacho? (eu mesma ouvi essa história ao pegar um transporte coletivo, esse ano). Príncipe Charles em São João de Meriti // Imagem disponível em: https://casadaculturabaixada.org.br/ Sempre que o BXD in Cena (ou qualquer outro coletivo ou iniciativa) entrevista um artista é uma maneira de fortalecer e afirmar identidades. Sempre que registramos um evento ou fazemos um documentário sobre o nosso território estamos saindo do simbólico e alcançando o concreto. Todo esse trabalho está para muito além de números no Instagram ou reconhecimento pessoal. Por muito tempo a Baixada Fluminense foi (e é) apagada da história do Rio de Janeiro. Somos constantemente negligenciados e estigmatizados já que as narrativas predominantes sobre violências muitas vezes nos fazem esquecer da nossa real identidade como povo. Contar e preservar nossas memórias é um ato de resistência contra o esquecimento, contra a marginalização e contra a tentativa de apagar a riqueza cultural do nosso território. Felipe Vaz, artista Caxiense, em sua música ‘Ygûasu’ diz: "Mas se o Rio é tão periférico, por que ouvimos tanto sobre o Leblon, Ipanema, Copacabana? Nós somos o que vivemos e devemos transmitir isso. O lugar onde a gente vive também é bonito. É possível falar sobre amores, tristezas, medos, inseguranças... Tendo como cenário Duque de Caxias." Capa ao Álbum 'Terra de Mulher Bonita', por Felipe Vaz. // Disponível em: https://www.instagram.com/p/Cdn9mlvuq34/?igsh=MWRrbTFyMHluNnN6Zw== É somente através desses esforços, dos artistas, das nossas músicas, que podemos chamar a Baixada Fluminense de lar. É somente a partir do esforço documental que podemos ser contadores das nossas próprias histórias e sobreviver ao tempo. Texto por: Carol Verçosa Referências bibliográficas: DE CARLI, Deneide Teresinha. O documento histórico como fonte de preservação da memória. Florianópolis, v. 23. 2013. pp. 184-185. Disponível em: https://agora.emnuvens.com.br/ra/article/view/454/pdf_23. Acesso em: 9 out. 2024.
- Construtivismo e a importância do 'novo' na música (baixadense)
Este pequeno texto é dedicado aos iniciantes - aqueles que, impulsionados pela audácia e inquietude, ocupam espaços na crença de que o novo agrega, liberta e é singular. É um texto para todos nós, pois, como artistas e indivíduos, seremos SEMPRE iniciantes. Em meio ao turbilhão criativo, pode ser difícil reconhecer o valor em cada gesto inicial, especialmente quando nos comparamos ao que já existe. No entanto, a abordagem construtivista nos convida a enxergar a grandeza em cada início/processo, independente de sua natureza. Imagem retirada do Pinterest: https://br.pinterest.com/pin/6614730695945786/ No construtivismo não há um começo definido, nem um fim claro. O importante é não associar a ideia de "início" a uma mera noção temporal. Segundo Piaget (1967) acerca do construtivismo, o conhecimento não começa nem no sujeito nem no objeto externo a ele, mas na interação entre esses dois. Ao aplicarmos essa perspectiva à música, compreendemos que ela não é determinada, mas sim moldada pela interação entre o artista e seu meio físico e social (enquanto este último também molda o artista). Portanto, nada está verdadeiramente pronto ou acabado - nem o artista, nem a música. Podemos afirmar, então, que o cenário musical baixadense não é meramente um produto do ambiente nem apenas um reflexo das disposições internas do artista, mas sim uma construção contínua, resultado da interação entre ambos os fatores. É importante considerar essas ideias sempre que formos pensar e analisar a música em geral e a música Baixadense... ou mesmo quando formos a festivais que trazem eu seu line pessoas que 'se consagraram' e que 'têm público' mas que também conta pessoas iniciantes. Sem a presença do novo, o que já é consagrado não se mantém. Portanto, é tão importante estudar e apreciar a música de um iniciante como Jovi na música eletrônica quanto a de Jacquelone, pois ambos influenciam e são influenciados, contribuindo assim para a cena musical da Baixada Fluminense. Todos os que ‘furaram a bolha’ tiveram que enfrentar o desafio do início. Quantos shows foram abertos por artistas que hoje são pilares dessa cena? Será que um dia reconheceremos que os espaços tradicionais também pertencem aos novatos? Com que frequência os grandes artistas são ignorados simplesmente por não possuírem números expressivos? Essas perguntas não são meros devaneios. Esse cenário nos abraça e nos confronta todos os dias. Tudo porque não pensamos de maneira CONSTRUTIVISTA (por várias razões, e elas não serão citadas aqui). Artistas, não criem com o objetivo de alcançar a ‘consagração’, mas sim para afirmarem-se como agentes construtivos do meio musical, ao mesmo tempo em que este os molda. Como disse Emma Stone em seu discurso no Oscar, fazer arte é sempre sobre fazer parte de algo maior do que a soma de suas partes, algo que transcende o indivíduo, que o constitui. Este texto é para todos nós, jovens e antigos poetas. Que possamos encontrar, na sinceridade de nossos primeiros passos, o valor que tanto ansiamos ver no "final", mesmo sabendo que esse final nunca chegará. Que nunca desistamos por causa disso. Que nossa arte nunca esteja completa, mas que se renove a cada interação, a cada pessoa, a cada nota. Que sejamos sempre INICIANTES. Instagram da autora: @carolinevercosa Referência bibliográfica: PIAGET, J. Les Courants de l’épistémologie scientifique contemporaine. In: PIAGET, J. (Org.). Logique et Connaissance Scientifique. Dijon: Gallimard, 1967.
- Nova Iguaçu é a Baixada na final do Carioca.
O Nova Iguaçu obteve uma importante vitória contra o Vasco por 1 a 0 no último domingo (17), na partida de volta das semifinais do Campeonato Carioca. A história do N.I.F.C O Nova Iguaçu Futebol Clube foi fundado em 1º de abril de 1990 por 25 profissionais liberais, liderados pelo diretor presidente Jânio Moraes, com o objetivo inicial de oferecer oportunidades no futebol, especialmente para crianças. Começaram em uma pequena sala na Rua Topázio 10, no centro de Nova Iguaçu, utilizando a cor laranja em referência ao apelido "Terra da Laranja" do município, um grande produtor na década de 30. Com o tempo, o projeto cresceu e a ideia de criar um clube profissional se tornou realidade. Cerca de um ano depois, em 1991, os dirigentes do NIFC conseguiram uma grande conquista: a cessão de um terreno de 135.000 metros quadrados para construir a sede e o centro de treinamento do clube, com o auxílio de Zico, então secretário de Esporte do Governo Collor. O Legado da Laranja: Nova Iguaçu na História da Baixada Fluminense A produção de laranjas em Nova Iguaçu foi historicamente significativa para a Baixada Fluminense. O município ganhou destaque como um dos maiores produtores de laranjas na década de 30, contribuindo significativamente para a economia local e regional. A indústria de citros desempenhou um papel importante no desenvolvimento econômico da região, fornecendo empregos e impulsionando o comércio. Além disso, a presença da laranja na identidade de Nova Iguaçu é reconhecida até os dias atuais, sendo um símbolo importante da história e da cultura local. Títulos do Nova Iguaçu Futebol Clube 🍊 A Vitória Histórica no Macaranã O Nova Iguaçu venceu o Vasco por 1 a 0 no domingo (17) na semifinal do Campeonato Carioca. O gol foi marcado por Bill, um dos jogadores mais destacados da equipe. Com essa vitória, o Nova Iguaçu vai enfrentar o Flamengo na final do estadual. É a primeira vez que o time da Baixada Fluminense chega até a final do cariocão. Fotos: @rsantosarantes Assista aqui os melhores momentos da partida:
- Contra a morte, só o amor quem diz.
Como o Baixadense se enxerga? - pt. 3 Faz tempo desde a última discussão dessa coluna. Muita coisa aconteceu, a rotina mudou, novas possibilidades apareceram e, com elas, novas fraquezas. Novas lutas. Aquela sensação de que não adianta vencer esta batalha: a próxima tá à espera e não vai dar trégua pra descansarmos: vem sem aviso, sem pena e, às vezes, sem motivo identificável. Somente a amargura de ganhar uma batalha, tendo como única saída outra batalha. Não sei vocês, mas nessas horas este baixadense em específico se sente além de amargurado, sem direção. Pra onde correr, se em qualquer lugar que eu vá tem uma guerra me esperando? Como fazer pra aquietar tanto a ansiedade de outro conflito, quanto a apatia de quem se recusa a avançar como medida de segurança? Pra ajudar um pouco a responder essas questões (pelo menos ajuda a mim constantemente), o cantor e compositor NATÖ lançou, na segunda parte de seu álbum Nômade, a obra "Coleira na Amargura", e é nela que nossa discussão repousa. Posterior ao lançamento do álbum, NATÖ, que também é professor de História, esteve junto da galera do EncontrArte Audiovisual e gravou um videoclipe, do qual saíram as imagens usadas neste texto. Eu demorei pra entender: Amor não é capaz de se travestir de nada; Amor nunca teve nada a ver com veneno; Não se parece com algo que não com ele próprio, e Não existe outro no mundo que seja mais bélico. O problema maior da amargura é que ela não somente paralisa, ela também exclui, mesmo que dentro de nossas cabeças, as possibilidades de um recomeçar. Quando associamos esse sentimento a algo que deveria ser bom, essas possibilidades ficam um tanto inacessíveis, devido a certos traumas. NATÖ traz aqui, com um inteligente jogo de palavras e de fonemas, uma ideia de que confundimos incontáveis situações amargas com algo que deveria, teoricamente, como vamos ver ao decorrer da discussão, ser doce - o amor -, e expõe que uma coisa não está associada à outra. Logo de início nos ensina a desvincular as coisas que são de fato benéficas, de características e situações amargas que achamos ser a tal coisa benéfica que buscamos. Ainda ontem pus coleira na amargura Com a postura de quem diz “Hoje eu te ponho pra passear”. Já não me importa, se a tristeza bate à porta. Desde cedo, pai me diz “Vê lá quem vai te visitar”. Mais vale se render Que viver sem amor. Ciente de todo o juízo, do quanto é preciso Ter o fracasso também como professor. NATÖ brinca mais uma vez com as palavras, associando a amargura a uma criatura ou besta, que mesmo sendo ameaçadora é mantida sob controle, frente à postura dominante que o personagem da música propõe. Nos diz que, não importa o que nos alcance, somos nós quem decidimos o que entra e o que fica, tá em nossas mãos. "Mais vale se render que viver sem amor" completa a ideia de que não vale a pena paralisar-se ao dar de cara com a amargura ou qualquer outra situação ruim, e sim a difícil tarefa de acumular as experiências obtidas com o que deu errado e tentar novamente, tendo esses aprendizados em vista. Ou simplesmente "ter o fracasso também como professor". Vamos pular pro refrão, porque a ideia não é discutir a letra inteira. É vida! É sol, é água e sal. No mais, é natural E eu vou dizer: Gritarei pelos cantos que vinga Amar feito um trovão! Que embala a embarcação E dispara o ar. No dia do Festival Baixada (R)Existe, eu estava cantando esse refrão a plenos pulmões enquanto nós - organização, artistas e simpatizantes - literalmente segurávamos o Festival nas mãos perante o vento e a chuva que ameaçava levar tudo pra sabe-se lá onde. Aquele dia provou não só pra mim, mas pra vários produtores e produtoras culturais baixadenses que o amor que nós temos pelo território é mais forte que qualquer coisa. Quando digo que é amor, é bem longe do sentido romântico. É uma energia conflituosa, que precisa de espaço, baderneira pra alguns. É o amor que a gente chama de "força do ódio": quero tanto atingir tal objetivo que vou fazê-lo acontecer de um jeito ou de outro. É esse amor, essa energia, essa força que põe coleira na amargura, pensando nela como a besta que imaginamos lá nos primeiros versos da obra. Esse é um lembrete pra ninguém esquecer Que amor não machuca. Que quando tem, a gente vê de longe E quando não tem, fede. Essa energia não pode ficar em cima do muro. De igual modo, quando não se posiciona, essa energia acumulada gera desconforto, confusão, insatisfação. Faz com que a gente queira sair do local - como é quando algo cheira mal. Caso você se sinta assim, revise e reorganize pra onde é direcionada a sua energia, porque talvez o que você receba de volta não pode ser visto de longe, porém o aroma desagradável já te atingiu. Quem tem sangue, ferve, causa. Simples como caneta na lousa, salva. Flecha do cupido, rosto afogado nos cachos, Elegância no trato, Capitães de Jorge Amado. Força bruta do desejo, Cem sonetos de Neruda, Radical sem perder o amor de vista, Versos que reafirmam o poder do amor, enquanto essa energia que não necessariamente constrói nem destrói: se coloca, voluntariamente, como combustível para que possamos fazer ou um ou outro, ou destruir ou construir. Ou alguma outra coisa, sei lá. Quem é o Fijó pra colocar limites no amor? Protetor dos indefesos, Benção do galho de arruda, Contra a morte é só o amor quem diz! Esse último verso fecha a obra com chave de ouro (ainda que tenhamos mais dois refrões ao ouvir). O amor, essa energia que é ao mesmo tempo caótica e pacifista, acolhedora porém hostil se necessária, é o único que pode falar contra a morte. Não levando no sentido literal, mas é a morte o resultado da amargura que nos paralisa. Morte de sonhos, morte de possibilidades, morte de pessoas que poderíamos ser, conhecer, viver ao lado. Morte de multiversos, pra galera que gosta da Marvel entender melhor. O amor fere a essa morte porque considera todas as possibilidades, inclusive as ruins. Conclusão Se é o amor essa energia que nos impulsiona tanto a destruir como a construir, precisamos dar um jeito de canalizar. Não adianta destruir o que é novo e voltar a construir sobre velhas estruturas. Uma hora a amargura vem, e é sempre com novas amarguras que lidamos todos os dias, sobretudo sendo baixadenses. O professor André Rodrigues (2018) diz que A população negra, jovem e moradora de áreas periféricas no Brasil é recorrentemente identificada com categorias de acusação. Essas narrativas estigmatizantes têm como foco semântico a criminalização desses grupos. São recorrentes nas reportagens dos grandes veículos de comunicação sobre eventos violentos envolvendo esse perfil social – sobretudo nos casos em que se trata de ocorrências nas quais as polícias são autoras de mortes ou ferimentos contra esses jovens – que se termine a notícia com a informação de que os personagens possuem “passagem pela polícia”. (RODRIGUES, 2018, p. 130). Diante desse cenário de constantes lutas e "pré-posições", a gente consegue concluir com muita facilidade que não é destruindo o que nasce de novo em nosso território - seja em educação, em cultura ou na política -, muito menos construindo em cima de algo já ultrapassado e que não combina nem comunica mais com quem deveria comunicar, que conseguiremos evoluir ao ponto de não termos mais que lidar com tais conflitos. A coleira tá nas nossas mãos desde sempre, só que tem gente botando coleira no lugar errado. Refs de cria: RODRIGUES, André Leite. Homicídios na Baixada Fluminense: Estado, mercado, criminalidade e poder. In: PENALVA, Angela et. al. eds. Rio de Janeiro: uma abordagem dialógica sobre o território fluminense [online]. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2018, pp. 117-142. Disponível em: https://books.scielo.org/id/tkysm/pdf/penalva-9788575115169-06.pdf. Acesso em: 4 mar. 2024.
- Caminhos de cura: nas construções dos ninhos que me aconchegam
Descamação: Se colocar em posição de vulnerabilidade não significa se descamar-vulnerabilizar em qualquer lugar, saber tecer nossos ninhos e onde nos asseguramos é a nossa arma mais poderosa, sabedoria -cabeça voltada ao sol, louvo a Jah- seguimos nas costuras, seguimos nos aprendizados. Nas sentenças que não nos condenam: não nos curamos sozinhos, se não com alguéns, com sonoridades, corporeidades, ancestralidade, arte, gingado e poesia. Um convite a minha cura para que possa pensar a sua, permito que se debruce, corpo quente, peito aberto, ombros e maxilar relaxados, respira Imagem retirada do Pinterest Nas camadas que aquebrantam o medo do ninho, volta e meia preciso de colo, morada, casa, lugar de pouso, escuta e atenção, construo esses espaços, volta e meia meus próprios braços não dão conta de segurar meu corpo e minhas mãos não alcançam minha cabeça pra me fazer um cafuné, volta e meia não quero meu próprio dengo, me pergunto como prosseguir. Minha felicidade é querer compartilhar dos meus choros a alegrias, e pedidos de ninho nem sempre são só pedidos de cuidados mas também pedidos para cuidar Olhar com maestria quem nos energiza e encarar as renúncias para canalizar e concentrar o compartilhamento dos nossos infinitos íntimos, nossos universos e paralisações É preciso postura e sustentação Não quero ser minha própria base, meu pedestal e coluna, não quero performar o ser absoluto, a figura da guerreira e da individualidade, quero poder ter outros lugares de pouso, corpos-quilombos, quero poder aninhar Reconhecer que é um trabalho duplo, eu com meu próprio ninho e eu na construção de outras ninhadas com alguéns Aqui e agora nas descamações vagarosas que me fazem perder o medo da vulnerabilidade pro outro e pra mim mesma -meditação tem me colocado no estado de presença, me desroupando das tensões que me travam, tensões essas adquiridas por autovigilância- reconhecer que só cresço ao entender e me lembrar que eu, só eu, não dou conta sozinha de mim, então peço e me lembro que só sou o que sou agora depois que muitas vidas, muitas mãos passaram por mim -há uma super valorização da individualidade diante do nosso tempo contemporâneo-digital, tempo esse que mídias sociais mais nos desaproximam do que nos conectam, reconhecer que ficar enjaulado com uma tela não nos salvará, não nos darão conforto, apenas os prazeres instantâneos mais baratos que ao gozo rápido voltamos para o mesmo estado de não presença, ansiedade- é preciso ousadia e prática cotidiana do que precisa ser feito, quando começar continue, continue e continue, atravesso o deserto segurando o medo nas mãos -vá com medo mesmo- são horas, são dias e semanas em reflexões, escutas e observações de como traçar esse caminho turvo e empoeirado que não me deixa falar em alto e bom som como preciso de outros-alguéns, a gente tem medo de se aproximar, né? Procuro algum ar livre, varanda ou terraço, forro um tapete, me sento cruzando as pernas, amoleço os ombros e descanso meu maxilar, inspiro o mais profundo possível soltando o ar pela boca até meu peito amolecer, fecho os olhos, ainda entro em estado de fuga dos meus próprios pensamentos, é uma inquietação sem fim mas me volto concentrando nos sons externos, seja qual som for Surfando entre ondas e tecidos, mergulha-se no cuidado o coração que ginga nessa luta de construir nossa existência, saberes ancestrais sustentam meu corpo, dança-maestria. Vens sem pedir esse tempo bárbaro que dissipa no ar feito bala disparada pelo revólver, causando tumulto, desespero e ansiedades que venda nossos olhos ao ponto de não enxergarmos acomodações, que nos travam da comunicação que geram lapidações de outros lares Construindo quilombos e aldeias nessa redoma -que não protege- ocidental Sou a pólvora que sobra pairada no ar, lançada, cansada, feroz como os olhos da criança que pede colo, sem ter fala, sem saber pronunciar uma sílaba, olhos-gestos também falam, gritam, às vezes mais que a boca Saber dizer, fazer pedidos, por outros meios, análises, observações minuciosas para encontrar nossos atalhos, kaminhos de cura, escrita sem distrações e sendo exercício diário -depois que passei alguns dias com o aplicativo Instagram desinstalado escrevi mais e melhor, me deparei comigo mesma, foi como um espelho -encarar renúncias para crescer Forte todos os dias mas só mais forte por saber me despir da armadura, da performance de quem aguenta, malemoleia o corpo, derreto feito açúcar na quentura do fogo e em qualquer temperatura das águas Coloco minha playlist Terra Sagrada | Reggae e danço na cozinha enquanto preparo café da manhã Identificar seu melhor momento do dia, a tarefa mais desejada e se deliciar no tempo, sem pressa e sem demora Nas envergaduras que acomodam o corpo cansado da guerra e disposta para o amor que cura e também se lança em cortes, cortes que se tornam portas para a saída dos nossos feitiços Há instintos e o melhor de mim entranhados no magma, há em mim um vulcão prestes a entrar em erupção, daquelas que explodem até chegar aos céus, feito gozo, feito satisfação, plenitude, estado presente Ouço o álbum Xinti de Sara Tavares -foi uma cantora e compositora portuguesa de ascendência cabo-verdiana- Esse álbum me trás bons ventos Sonoridades que transmutam, recortam e orientam buscar o novo, daquelas que conversam, sussurra gritando-grita sussurrando Nos kaminhos de dentru que reverberam no lado de fora, simbora nos desmontes que montam, nas impermanências, jogo de corpo no embate, no enfrentamento Qual álbum te faz vibrar ao ponto de querer trocar a rota da vida? Que faz se dar conta do que precisa ser feito agora Canção Keda Livre de Sara Tavares: Arapuca na minha cuca, escuta Em estado de sítio procuro a fagulha o indício Fonte deste fogo de ofício transmutante Que me percorre de norte a sul do inicio até ao recomeço Silêncio fino respira, rouba meu chão descalça meus pés Coração regressa a alma que se alinha radiosa Eu, ela, sua própria queda em luz Já fiz uma viagem longe Longe fui sem sair do sítio Dei a volta ao mundo Na curva redonda do teu gingar O amor é lindo O amor é belo O amor é sabi O amor é titi Tua beleza brilha todos os dias Segunda, terça Quarta, quinta, sexta Sábado, domingo Tantos humores, tantos sabores É tutti-frutti Aqui vou eu em queda livre Aqui vou eu em queda livre Teu olhar hoje traz-me esperança E as vezes preciso de um olhar assim P'ra saber que estás perto, o que sentes por mim Tua amizade, cumplicidade é luz no meu coração Não me largues a mão Não me digas que não Não me largues a mão Não me digas que não Anda dançar comigo Vamos colar pelo umbigo Eu contigo, tu comigo Ser humano no amor fundido Eu contigo, tu comigo Ser humano é ser divino (yeah) Aqui vou eu em queda livre Aqui vou eu Livre, livre, livre Livre, livre, livre Perder o medo de ser com o outro Sigo na leitura do livro O Espírito da Intimidade, ensinamentos ancestrais africanos sobre maneiras de se relacionar por Sobonfu Somé -é possível encontrar o PDF disponível na internet- Me encontro sobre as mãos delicadas que carregam calos, a qual segura com total maestria a linha laçada na agulha tecendo um lençol de remendos, de partes que já fui, tornando se um novo, um outro ainda sendo eu, lençol esse que me cobre nas noites escuras, seja sozinha ou acompanhada, lençol esse que me enrosca quando decido ficar sem roupas, lençol esse que forro a mesa para comer, lençol esse que carrego os meus pertences mais bonitos Pedi que o tempo me desse paciência e respiro, pedi ao tempo que me ensinasse a arte da entrega, ainda me despindo das camadas que deixam meu corpo tenso, sem jeito, ainda nas descamações do constrangimento O vento sopra nos meus ouvidos, eu vejo o infinito, me diz mansinho, mas é segredo e mesmo que eu diga tudo, ainda é mistério. Instagram: @princesinhabxd
- Baixada Resiste, Baixada Existe!
Baixada (R)existe: A Celebração da Cultura e Diversidade da Baixada Fluminense. Os coletivos baixadenses se juntaram e com eles a união de fazer algo GIGANTE se tornou real, o objetivo era arrecadar alimentos, material de limpeza e higiene pessoal para as pessoas que sofreram e sofrem com as grandes chuvas que causam enchentes e destruição em nosso território, mostrando que é preciso URGENTE um olhar especial para nosso povo e começarmos a dar espaço nas conversas sobre racismo ambiental e mudanças climáticas. Sendo assim o nome surgiu desse grito de dizer, que RESISTIMOS e EXISTIMOS! O evento. Não foi e não era mais um dia normal na Baixada Fluminense, em dia de jogo do Vasco e Flamengo e também gravação do Zeca Pagodinho no Nilton Santos, o povo baixadense só pensava e falava de uma coisa: BAIXADA (R)EXISTE. Foi o encontro da arte, da música, transformação, criação, do desejo, carinho e do abraço. Todos se uniram em prol de algo MUITO maior, ajudar nosso próximo sempre foi uma das nossas bênçãos deixadas pelo nosso povo. A Baixada sempre te diz onde você pode chegar e o Baixada (R)existe nos mostrou na prática onde a gente chegou. O evento estava previsto pra começar às 14h, o temporal caiu, raios e trovão, junto com ventania nos mostrou mais uma vez que pra resistir teríamos que persistir, as pessoas seguravam a tenda e a lona e diziam: “confia, vai passar! ” E olha que bizarro, tivemos que resistir novamente a chuva para iniciarmos o evento. E assim começamos, atrasados, porém quem estava não queria sair, quem não tinha chegado começou a vir e tornando assim o início de uma grande história sendo construída. Todos insistiram e resistiram mais uma vez, não era sobre os artistas, não era sobre o horário, era sobre entender que viver esse momento era precioso e único. Registrado e Documentado. O evento ficou marcado na memória de todos, mas mais do que isso, foi devidamente registrado graças à incrível contribuição de talentosos profissionais do audiovisual. A Baixada Fluminense frequentemente enfrenta um apagamento histórico, e o ato de registrar cada momento e cada pessoa nos faz acreditar que as gerações futuras compreenderão a importância da resistência. Cada página escrita e documentada representa um ato de resistência e preservação da rica história da região. Queremos também deixar registrado aqui a cada um de nossos patrocinadores e apoiadores que acreditaram desde o início nesse sonho. Um abraço especial pra Nath Finanças que nos apoiou e ficou no evento curtindo até onde pode. Um outro abraço ao nosso amigo Julie que deu todo suporte para a produção com alimentos e bebidas. Entre outros que tiveram também grande importância nesse dia, tal como Life Fit, Nave, Sacacho, Tudo na Brasa Grill, Pano Sticker.
- Moda & Música: conheçam Yes Sir Brechó moda 90’s e 00’s.
A expressão e o nome “YES SIR” tá além de ser apenas uma marca, é um conceito sobre planejamentos do futuro envolvendo música e moda. Sir Lucas 24 anos, nascido em Campos Elíseos, bairro de Duque de Caxias, hoje morador da Vila Operária, nos conta sobre a sua imersão na música e a inspiração que trouxe em trazer sua perspectiva na forma de nos vestir. A expressão e o nome “YES SIR” tá além de ser apenas uma marca, é um conceito sobre planejamentos do futuro envolvendo música e moda. O brechó veio para complementar todo conceito que ele traz desde seu início de carreira com influências dos anos 90 e 2000. Sir Lucas é músico e instrumentista muito influenciado pelo o R&B, sua sensibilidade artística ao tocar o teclado é notável, traduzindo emoções complexas e transmitindo uma narrativa única através das melodias que cria. Em suas pesquisas musicais também nasce seu interesse pela moda, se intitula um grande pesquisador, entusiasta da moda e também da Black Music. Já dividiu palco com grandes artistas como Yoùn, Suricato, Potyguara Bardo, Izrra, Kibba, Yas Werneck, Hodari, Kalebe, Azula, chegando a participar até do Rock in Rio 2022. A ideia do brechó “Desde 2017 eu já conhecia o Yoùn, mas minha amizade com o Alisson (Yoùn) e com a irmã Rahiza surgiu em 2019 quando eu comecei a tocar no metrô e nessa combinação de moda e música eles me ajudaram muito, me vestindo com essa influência dos anos 90 e me incentivando a pesquisar sobre brechós e consolidando esse sentimento que tenho hoje com a moda. ” Influência da música urbana “Nós como músicos temos que também nos impor quando vamos nos apresentar, escrevendo histórias assim como os filmes, os elementos se misturam e fazem com que você também faça parte da sua própria história e a moda tem esse poder de trazer vida ao que escutamos, ouvimos e assistimos. ” Sir. Lucas nos ensina que quando sua autoestima é resgatada tudo coopera para que tudo se encaixe, a forma que ele vê a vida está ligado com a configuração de sua trajetória até aqui, é como se ele tivesse nos dizendo que a vida é regida por detalhes e mesclando acordes, harmonia, estética e informação, nasce o conceito do “Yes Sir”. À medida que revisitamos a moda dos anos 90, fica claro que essa década foi verdadeiramente inovadora e diversificada em termos de estilo. O ressurgimento dessas tendências não é apenas uma jornada nostálgica, mas uma celebração da atitude e individualidade que definiram uma época. Sendo assim Lucas tem influências na música que também agrega diretamente na forma em como ele enxerga a moda, alguns exemplos de som e artistas que ele consome diariamente também dão um show na forma de se vestir. 1 - Cisco Swank 2 - FLWR CHYLD 3 - Miles Davis A conexão entre moda e música é um terreno fértil para a inovação e autenticidade. À medida que essas duas formas de expressão continuam a se entrelaçar, podemos esperar que a paisagem cultural se transforme, criando um espaço emocionante onde o estilo e o som se encontram e se abraçam.
- Saiba como ajudar em Mesquita
Em decorrência das fortes chuvas, instituições, igrejas e escolas de Mesquita se mobilizam para apoiar quem perdeu tudo na enchente do último fim de semana. Saiba como ajudar: Instituto Mundo Novo se mobiliza para arrecadar alimentos não perecíveis, água, roupas de cama, produtos de limpeza, itens de higiene pessoal e itens domésticos em geral. Como doar: Ponto de arrecadação: Rua Adolfo de Albuquerque, 109, Chatuba de Mesquita PIX: 07031769000116 Nova Assembléia de Deus de Jacutinga se mobiliza abrindo o espaço para dar abrigo a quem foi afetado pelas enchentes. Endereço: Rua Padre Nino Miraldi, 204, Jacutinga, Mesquita Congregação de Santo Elias se mobiliza abrindo o espaço para dar abrigo a quem foi afetado pelas enchentes. Endereço: Rua Taóca, 78, Santo Elias, Jacutinga, Mesquita Sede do PT de Mesquita se mobiliza arrecadando alimentos não perecíveis. água e roupas. Como doar: Ponto de arrecadação: Rua Paraná, 280, Centro de Mesquita Paróquia N. Sra de Fátima do Rocha Sobrinho se mobiliza arrecadando alimentos não perecíveis, roupas, sapatos, água. produtos de limpeza, itens de higiene pessoal e eletrodomésticos. Contato: (21) 2796-7047 Ponto de arrecadação: Av.Gov. Celso Peçanha, 1275, Banco de Areia, Mesquita Outros pontos de arrecadações: (alimentos não perecíveis, roupas, cobertores, água e outros itens de necessidade básica) Vila Olímpica de Mesquita aberta todos os dias das 8h às 22h. Endereço: Avenida Baronesa de Mesquita, no Cosmorama Sede da Subsecretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo aberta todos os dias das 8h às 22h. Endereço: Avenida Presidente Costa e Silva, 1898, no Centro de Mesquita Campo da Bica aberto de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. Endereço: Avenida Coelho da Rocha, no BNH Rádio Municipal aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 12h. Endereço: Avenida Doutor Carvalhães 1040, em Rocha Sabino Arena Sodiê aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 17h. Endereço: Rua Barão de Salusse, 255, em Edson Passos Academia Aquatic Center aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 22h. Endereço: Rua Zeferino, 1030, na Vila Emil Escola Municipal Ernesto Che Guevara aberta de segunda a sexta-feira das 8h às 20h. Endereço: Rua Lídia, 562, na Chatuba Igreja Batista Nova Jerusalém aberta às quartas e domingos. Endereço: Rua Inácio Serra, 430, na Chatuba G.R.E.S Tubarão de Mesquita aberto de segunda a sexta-feira das 9h às 17h. Endereço: Estrada Feliciano Sodré. 2325, no Centro
- Coletivos de São João de Meriti lançam formulário com objetivo de levantar necessidades de moradores e prestar ajuda
Coletiva Margaridas, Coletivo de Mulheres Yepondá e Redes de Cozinhas Solidárias em São João de Meriti lançam formulário para realizarem levantamento de necessidades dos moradores afetados pelas enchentes do último fim de semana e assim direcionar as arrecadações. A Coletiva Margaridas também está arrecadando alimentos não perecíveis, água, roupas de cama, produtos de limpeza e itens de higiene pessoal. Como doar: Pontos de arrecadações: Gato Negro Pub - Rua Professor Alcibiades Monteiro, 1651, Vilar dos Teles, São João de Meriti. (aberto todos os dias das 18h às 23h) Sepe SJM - Rua São Pedro, 145, Centro, São João de Meriti. (aberto de segunda à sexta das 10h às 12h) PIX: coletivamulheresmargaridas@gmail.com